A ANGEL É PROVOCADORA?

O que é uma mulher provocadora?
Bom, para começar o requisito fundamental é ser MULHER. Caso contrario estamos perante a Filipa Gonçalves!!
Agora vamos à parte do provocadora, segundo o dicionário provocadora é:
Fem.sing de provocador
do Lat. provocatore
adj. e s. m.,
que ou o que provoca;tentador.

Fiquei na mesma.

A esta hora estão vocês a perguntar-se se bati com a cornadura ao sair da cama. Não, toda esta conversa de merda tem uma lógica. Hei-de lá chegar.
Provocadora – Acusação proferida por alguns homens aqui à vossa amiga bipolar.
Quando penso em provocação penso numa mulher de bota alta, cinto largo vulgo mini-saia, blusa transparente e/ou decotada e aquele olhar à menina da TVCabo enquanto sussurra: ‘’Há coisas fantásticas não há?’’
No entanto eu vesti tantas vezes mini-saia como dedos duma mão e aquele arzinho de puta nunca consegui aperfeiçoar.
Como podem então alguns especimes do sexo masculino dizer que sou provocadora?
Porque olho nos olhos de igual para igual sem rubores ou receios?
Porque grito a plenos pulmões: Só me fodem!!! Quando as coisas correm mal?

Porque pergunto ao anão se é verdade que os gajos baixinhos o tem grande?
Porque se estão a falar do ultimo filme porno que viram, eu meto-me na conversa e dou palpites sobre os melhores filmes, melhores cenas e melhores posições?
Na realidade eu não estou a ser provocadora, estou apenas a ser parva, que é o meu estado normal. Se parece que estou a tentar leva-los para a cama e faze-los gemer uma noite inteira, desenganem-se! O mais provavel é estar a pensar se pus o bacalhau de molho. (O verdadeiro, o de asa branca, para que não haja equivocos)
Aliás, para ser sincera eu deixei de ser provocadora há muitos anos, pelo menos ‘’provocadora consciente e com um objectivo definido’’.
O dia era de festa, era o meu aniversário. Aqui a Boa (sim, nesse dia estava boa que até metia respeito) convidou a malta toda para uma especie de luau na praia.
Ao final da tarde metemo-nos todos no ferry e lá fomos. A certa altura aqui a Boa, olha para o piso de baixo. Lá sentado ao sol resplandecia um especime do melhor. Moreno, musculado, cabelo castanho ondulado, tatuagem no braço. Sozinho!!!!
Eh lá!!! Pensei eu. Não me chamo eu Angel da Silva se não acabo a noite nos braços deste gajo. Se não lhe meto as mãos em cima que ele até grita pela mãe, se não o amarro à cama enquanto lhe visto um casaquinho de cuspo, enquanto....
Levanto-me, olho para o pessoal e digo altiva e confiante: Reparem e aprendam que eu não vivo para sempre.
Encaminhei-me para as escadas, parei.....o gajo olha para mim. Olho para ele com ar de matadora. O gajo mantêm o olhar, abri um sorriso e preparo-me para descer. Com ar bamboleante, desço um, dois, três e ..............................espalhei-me escada abaixo.
Os amigos que estavam em aprendizagem, partem-se a rir. O gajo parte-se a rir e eu....também!! Sempre tive fair-play para estas merdas. Levantei-me, limpei as lágrimas de tanto rir e o sangue dos cotovelos e subi as escadas. O clima foi-se e já não tinha vontade nenhuma de ser possuida à bruta e por trás.
A partir daí resolvi nunca mais provocar ninguem. É que doi um bocadinho.