ATCHIM! SANTINHO!

Dia 12 de Junho é dia santo para o avançado-balcão especialista em penalties: é dia de reunir a matula e ála que se faz tarde para as ruas da capital. O Stº António, digam o que disserem, é o santo mais bacano dos três Santos Populares. Primeiro porque é o primeiro a ser comemorado. Segundo porque martelinhos e alho pôrro só tem piada no Carnaval, quando ninguém leva a mal. Terceiro, porque o S. Pedro, o gajo que está à porta do Paraíso feito porteiro da Kapital, além de convencido, não conseguiu convencer nenhuma cidade portuguesa a comemorá-lo devidamente.

Ora então o Strik3r mais o irmão Taberneiro as suas devidas acompanhantes fez o seguinte giro:

Graça -> Porta Norte do Castelo (pit-stop) -> Alfama (pit-stop) -> Pátio na Mouraria (pit-stop) -> pé de dança (pit-stop) -> Descer a Mouraria (pit-stop a meio) -> Campo das Cebolas (pit-stop + mudança de óleo) -> Alfama (pit-stop + uma sola de sapato aka bifana para o bucho) -> Sé (pit-stop) -> Castelo -> Graça -> casa -> banho -> chôco (ronc-fiu)

A brincadeira começou pouco passava da meia-noite e acabou quase às 6 da manhã. No entanto, vê-se que os Santos Populares já não é o que era. Epá, que gôzo tem comer uma sardinha assada ao som do DJ Tiesto, DJ Patife ou outro que tal, num incessante "buts-buts-buts" estilo Kadoc, tornando uma festa popular numa Rave, com o prejuízo que dois cafés lado a lado tem cada um o seu sistema sonóro a dar cada um a sua música. O resultado é uma cacofonia maior que a de um elefante a dançar balé numa loja da Arcopal.

Mas há coisas que nunca mudam. E ainda bem que assim é, porque senão não era tradição! E uma delas é que na noite de Stº António encontra-se sempre gente que já não se vê há uma pipa de tempo. Desde amigas da faculdade (e que amigas, jajús) a gajos que se mudaram de Lisboa para Trás-Do-Sol-Posto-Sul mas que não perdem um 13 de Junho, passando pelo amigo gordo do secundário que agora até é magro e por isso não nos conhece e por aquelas pessoas que invariavelmente, ano após ano, só nos encontramos com elas nas ruas de Lisboa no dia 13 de Junho!

Outra coisa que nunca muda: 3.563 sítios a venderem cerveja, bifanas e sardinhas e tu escolhes sempre aquele em que se paga, acaba-se o pão no preciso momento em que pagaste, ficas à espera que vão buscar mais à padaria, acaba-se o pão na padaria e quando já estás a receber o dinheiro de volta, meia-hora depois, aparece entretanto o pão... que já tinha 15 dias. Entretanto a carne secou imenso e comes uma merda qualquer porque o cheiro das sardinhas e daquela cena toda acabou por te fazer uma fome do catano!!!

Viva a tradição!