UM DIA NA PRAIA

Sempre tive uma ''pancada'' por nadadores-salvadores, muito antes até, de ser moda ver o Baywatch com o David Hasselhoff correr pela praia, abanando ao vento os seus pêlos do peito.

Não sei se o que me agrada é a ideia de ser socorrida por um homem musculado, corajoso, bronzeado, que arrisca a vida para me salvar ou é a respiração boca-a-boca, ou até os calções fluorescentes. O que é certo é que o ''nadador-salvador'' sempre fez parte das minhas fantasias nocturnas e quiça diurnas.

Tive até uma ''amizade colorida'' com um, há uma boa dezena de anos. Bela amizade, com um bocadinho de areia a mais, mas muito temperada!!

Este fim de semana fui à praia, os tempos são outros, por isso passei o tempo todo a controlar o meu herdeiro, enquanto ele caia de buraco em buraco na areia da praia.

Quando me cansei de correr atrás daqueles 12 kg irrequietos, peguei no puto e ala que é cardoso para casa. No percurso pelo areal, ia convencendo o gaiato que pronto, voltavamos no dia a seguir e digo:''Vá filho, diz até amanhã à praia, diz até amanhã!'' e oiço ao meu lado uma voz sensual e máscula: ''Até amanhã!''

Não aguentei e sorri. O nadador-salvador achou que eu estava a falar com ele.

Pensei: ''Em outros tempos já estavas no papo. Ia já pedir-te o numero de telemóvel e marcar um encontro. Agora, bem, agora tenho que abdicar dessas aventuras salinas mas lá que era um pedaço de homem era!'' Era uma bela queca! Pelo menos assim à 1ª vista!!