Hoje, dia 28 de Agosto de 2007, morreu António Puerta, jogador de 23 anos do Sevilha. António Puerta disputou o seu último jogo no passado domingo pelo seu clube contra o Getafe. Ainda durante a primeira parte, junto à sua baliza, caiu, vítima de uma paragem cardio-respiratória. Temeu-se de imediato o pior, pois entrou de imediato em convulsões, mas a rápida acção dos médicos e principalmente dos seus colegas parecia ter conseguido o milagre: minutos depois, António Puerta estava consciente de novo, e pelo seu próprio pé dirigiu-se para o balneário, entre os aplausos do público, para qual acenou. Só que já na zona de duche (segundo rezam as crónicas) nova paragem cardio-respiratória, que o levou de imediato para a ambilância em direcção ao hospital.
Só no domingo, segundo o relatório médico, foram 5 os ataques cardíacos que Puerta sofreu... Daí para cá, até hoje, mais alguns se sucederam. Tentou-se a todo o custo salvar o homem, pois o jogadôr, esse já estava perdido, muito por causa da falta de oxigenação que o corpo e o cérebro sofreram ao longo de tanta paragem de ritmo cardíaco...
Para alguém que também joga, se bem que não ao mesmo nível (o que se pode considerar ainda mais preocupante), é obviamente uma situação que assusta. Para mais porque há uns meses, devido a algumas más disposições e desmaios, António Puerta foi sujeito a exames da raiz dos cabelos à ponta dos pés, em que os resultados foram claríssimos: saudável como ninguém!
Desde o Marc-Vivien Foe, os nomes não param: Max Ferreira, Miki Fehér, Bruno Baião... O último foi Anton Reid, 16 anos, durante um treino do Walsall. Isto para não falar em Paulo Pinto, jogador profissional de Basquetebol português.
A pergunta impõe-se: tendo em conta que, mesmo nas camadas jovens, os exames de medicina desportiva são rigorosos (e eu passei por isso), ainda para mais em ligas de futebol de topo mundial como a Francesa (onde jogava Vivien-Foe), portuguesa (Miki Fehér) ou espanhola, será tudo isto demasiado estranho? Andarão os jogadores a tomar algo indetectável e que possa provocar estes ataques fulminantes? Será que os atletas de alta competição estão sujeitos a demasiado esforço? Relembro que Fehér jogou no FC Porto, no Benfica e pela selecção da Hungria até aos 24 anos, quando faleceu, e nunca lhe detectaram um pinchavelho que fosse!
Pessoalmente, acho que não. É algo da nossa natureza e com a qual temos de viver. Penso inclusivé que, a estar associado a algo, terá a ver com a catrefada de produtos que ingerimos diariamente no leite, carne, peixe, legumes, fruta, água... Nada hoje é natural, tudo tem variadíssimos produtos injectados, do cloro aos corantes, passando pelos conservantes e produtos de engorda.
Resta-nos viver um dia de cada vez e não pensar muito nisto, tomando tal situação como um mero facto natural e elemento da vida. Porque se pensamos que a qualquer momento podemos caír para o lado, mais vale pôr já o cabo do teclado à volta do pescoço, pois tanta coisa pode acontecer comigo sentado nesta cadeira.
E sejam todos uns velhinhos caquéticos e jarretas daqui a muitos anos. ;)
1 comentário:
Pah é chato mas eu sou daquelas e daqueles que acham que este pessoal anda a tomar merdas, por iniciativa própria ou não. Não é normal isto, desculpa lá.
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