Era uma vez um grupo de malucos do Montijo que um dia criaram uma rádio. Uma rádio diferente, em que tudo aquilo que não se podia fazer nas rádios normais se fazia. Coisas como mandar mensagens curtas para serem lidas no ar quando ainda não havia SMS para todos, coisas como passar músicas de Sepultura e Moonspell seguidas de Madonna às 3 da tarde, coisas... diferentes.
A rádio era um sucesso entre a malta nova e eis então que um desaguisado qualquer entre sócios e não sei quê acabou com a rádio. A coisa ainda foi colmatada, um pouco estilo pãozinho com pouco sal, com a passagem da Rádio Comercial a rádio rock, mas não era a mesma coisa...
E de repente... TCHARAN!!!!!! Eis que os malucos estão de regresso, desta vez com um estúdio no Barreiro e ala a dar música do baril ao pessoal. Mais radicais que nunca, foram quiçá a primeira rádio a passar em "prime-time" músicas de bandas portuguesas ainda em demo-tape, com pouca preparação de som! Programas como o "M.E.R.D.A. na Madrugada" falavam daquilo que era quase proibido, de como era apanhar uma moca de heroína, como se preparava e injectava a droga e todas as consequências que daí advinham, com relatos ao vivo de experiências pessoais. Madrugadas de verão passadas com um locutor a passar apenas música que o pessoal pedisse via telefone e se não se ligasse para lá, a rádio simplesmente... calava-se! Ou o dia em que o desgraçado começou uma história às 2 da manhã e fechou-a às 6, em que cada ouvinte ligava e falava durante 10 seg... foram quase 30 minutos de história aos pedaços, contados na íntegra, às 6 da matina.
A rádio era um sucesso entre a malta nova e eis então que um desaguisado qualquer entre sócios e não sei quê acabou com a rádio. A coisa ainda foi colmatada, um pouco estilo pãozinho com pouco sal, com a passagem da Rádio Comercial a rádio rock, mas não era a mesma coisa...
E de repente... TCHARAN!!!!!! Eis que os malucos estão de regresso, desta vez com um estúdio no Barreiro e ala a dar música do baril ao pessoal. Mais radicais que nunca, foram quiçá a primeira rádio a passar em "prime-time" músicas de bandas portuguesas ainda em demo-tape, com pouca preparação de som! Programas como o "M.E.R.D.A. na Madrugada" falavam daquilo que era quase proibido, de como era apanhar uma moca de heroína, como se preparava e injectava a droga e todas as consequências que daí advinham, com relatos ao vivo de experiências pessoais. Madrugadas de verão passadas com um locutor a passar apenas música que o pessoal pedisse via telefone e se não se ligasse para lá, a rádio simplesmente... calava-se! Ou o dia em que o desgraçado começou uma história às 2 da manhã e fechou-a às 6, em que cada ouvinte ligava e falava durante 10 seg... foram quase 30 minutos de história aos pedaços, contados na íntegra, às 6 da matina.
Hino à Super FM.mp3 - FIRESTARTER
E é então que em 1998 o capitalista do Ediberto Lima compra a frequência e obriga a que aquilo vá tudo com o galheiro... OUTRA VEZ! Se calhar o negócio foi facilitado pelo cada vez maior espaço que o Carlos Paço d'Arcos tinha na rádio, que se por um lado foi importante, a dada altura já chateava tanto "non-sense" sem piada sempre que fugia àquilo em que era importante, ou seja, a M.E.R.D.A. A rádio que era líder incontestável da audiência entre os 18 e 25 anos calava-se de novo, para nunca mais voltar...
Nunca? Nunca digas nunca! Às 21:09 de ontem a Super FM voltou ao éter, no 104.8FM! E eu estou 11 anos mais novo...
Nunca? Nunca digas nunca! Às 21:09 de ontem a Super FM voltou ao éter, no 104.8FM! E eu estou 11 anos mais novo...
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