13 de outubro de 2015

UMA COISA LONGA E COMPLICADA...

Frequentemente quando os amigos falam, vem sempre à conversa as relações interpessoais, sejam elas de que tipo forem. E é também muito frequente que nesta conversa surja a dada altura uma destas frases: "isso é uma longa história" ou "isso é complicado". A desconstrução das situações em que estas frases surjem normalmente indicam que algo complicado tem por trás uma longa história com factos complexos. E sim... normalmente é uma história triste, em que a relação de discrição longa acabou devido à complexidade conjuntural que os intervenientes não souberam domar da melhor forma.

O ser humano é complexo por natureza. É um animal social por um lado, mas que preza a sua individualidade por outro, e é aqui que a complexidade das relações interpessoais (amorosas, amistosas, comerciais, etc.) começa a tomar forma e a história começa a ganhar parágrafos. Por um lado o Homem quer satisfazer a necessidade do outro espécime, por outro o mesmo Homem é egoísta e não quer comprometer o seu forte, não quer a sua zona de conforto comprometida com uma pedra cirurgicamente colocada debaixo do colchão na zona da vértebra L4. 

As relações bem sucedidas são aquelas cujos colchões de cada um são Pikolin ou aquelas em que os intervenientes dominam a técnica dos faquires, tornando a história com muita pedra mas simples.

Obviamente que este tipo de analogia não se aplica apenas ao ser humano, mas a todo o animal que por norma vive em sociedade. A particularidade do ser humano é que tem um cérebro particularmente desenvolvido, uma inteligência consideravelmente superior a qualquer outro animal no planeta Terra, e tal permite-lhe arranjar muito mais factores para complicar as suas relações. Ou simplificá-las, todas, de uma só vez de maneira surpreendentemente eficaz...

Foi o caso de um senhor inglês que se chamava William Wood, Willy para os amigos (se não era, passa a ser, para toda esta lenga-lenga fazer sentido mais adiante). O Willy conseguiu descomplicar todas as suas relações interpessoais de uma forma fácil e eficiente, quando em 2007, qual João Merdas, decidiu mudar de nome. Provavelmente por o diminutivo Willy ter conotações, especulando eu, a características falicamente simplificadas da sua pessoa, foi ao registo e passou a chamar-se... Something Long and Complicated.


"Tens uns amigos muito esquisitos no Facebook, oh Snik3r", dirão vocês. Calma, amigos! Os bêbados são meus amigos ao balcão, porque pagam o que bebem. O que fazem com a ressaca é lá com eles desde que não me chateiem. A realidade é que durante oito longos anos o Mark Zuckerberg não achou piada a ter um perfil de um gajo a dizer que tinha muitos nós no baixo ventre e bloqueou-lhe a conta de Facebook, por duvidar da legitimidade oficial do nome do individuo. Só agora, o Coiso Comprido e Complicado conseguiu finalmente reaver o seu perfil, estando obviamente radiante.

Isto leva-nos a voltar um pouco atrás na conversa: relações interpessoais. O Complicado Willy Comprido tem todas as suas presentes e futuras histórias, compridas ou complicadas, muito simplificadas! Alguém que mudou o seu nome para tal não pode estar à espera de vir a ter muitas histórias longas e complicadas, porque as pessoas não terão grande interesse em manter relações pessoais, profissionais, comerciais ou conjugais com o Uma Coisa. Serão sempre histórias simples e muito curtas.

PS: recuperou o perfil de Facebook, é certo, mas... terá amigos, além da mãe?

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